Nunca fui muito fã de clima frio, tempo nublado, ou seja, inverno! Essa estação me deixa com nariz entupido, com a voz rouca e pra piorar triste. Parece um clima que vem realmente com um sentimento...
No inverno eu tenho vontade de chorar, mas não encontro motivo;
Quero ficar abraçada com meu namorado, mas eu não tenho namorado;
Quero sair pra tomar um vinho e um caldo, mas não tenho dinheiro;
Quero ficar com o cabelo bonito, mas a chuva estraga minha chapinha;
Pensando bem, acho que tenho alguns motivos pra chorar sim.
Vou ali...

Eu acho muito engraçado quando temos que friamente tomar algum tipo de decisão! Como por exemplo: Desistir de alguém que gostamos.
No começo paramos e pensamos: 'Ele não tem me tratado muito bem, parece que não gosta mais de mim como antes, então não posso continuar com isso. Tenho que pôr um ponto final. Eu mereço coisa melhor, blá blá blá'. Decisão tomada. Começamos a imaginar uma maneira fatal de dizer isso pra pessoa, saindo por cima da carne seca e a tal pessoa ficando com a 'cara na poeira'. Até aí tudo certo.
Mas, a gente não contava com a bendita esperança que vem disfarçadamente e se aloja, primeiro no coração, depois na mente. Aí já começamos a imaginar que quando formos ter a conversa e pessoa vai chorar e dizer que nos ama e nos pegar de surpresa, daí vai acontecer aquele beijo apaixonado de novela e tudo vai ficar perfeito! Por mais racionais que tentamos ser, uma parte sempre acredita no final feliz...esperancinha besta que insiste em acompanhar.

Hoje eu me senti na época da ditadura e olha que eu nasci na 'democracia'. E o pior é que é dentro da minha casa, com a minha família que esse tipo de coisa acontece. Eu ainda acredito que é em casa que o homem deve se sentir acolhido, protegido e principalmente respeitado e compreendido. Mas minha experiência não tem sido essa!
Estou muito chateada com o rumo que as coisas tendem a tomar e sinto muito por ter tanta vontade de ter meu próprio canto, porque gostaria realmente de me sentir a vontade onde eu na teoria deveria...junto da família.
Minha maior vontade é que eu possa fazer diferente com meu filho, quero me esforçar por mais que as vezes possa parecer difícil, por que mãe se preocupa e muito, mas vou ser uma amiga em quem ele vai poder sempre confiar. Quero participar, sem julgar, condenar e muito menos forçar. Que meu filho encontre em mim uma mãe amorosa, dedicada e companheira e que seja tudo isso pra mim também!

Hoje eu voltei na casa que morei durante o começo da minha adolescência, onde tudo começou! No começo senti um frio na barriga, medo, sei lá, um misto de sentimentos...voltar pro lugar onde eu comecei a me descobrir e a fazer minhas amizades que continuam até hoje. E o mais estranho de tudo é que vou morar nessa casa novamente.
Quando me mudei, morei em outras cidades, fui pra Minas Gerais, depois pra Teixeira de Freitas e voltei pra Itapetinga. E agora vou voltar ainda mais, pra casa onde eu vivi meus melhores momentos.
E o mais engraçado é que estou voltando com uma nova geração...meu filho! Pra ele a casa parece enorme, pra mim parece menor. Pra ele é tudo uma grande novidade, pra mim é como voltar no tempo. Pra ele uma alegria, pra mim uma saudade.

Eu só espero agora viver outros momentos, tão bons quanto os que foram vividos. E não me apegar ao passado, por mais que tenha sido inesquecível. Quero fazer uma nova história no lugar onde já existe um pedaço da minha biografia...

Eu aprendi o que era um diálogo no ensino fundamental, quando a professora passava algum texto com personagens conversando. Essa palavra se tornou corriqueira, básica e ainda não possuía o sentido real que ela na verdade representa. 

Quando eu me tornei 'adulta', comecei a perceber que grande parte dos problemas da vida do homem vem do diálogo, da falta dele. Dialogar é muito mais que conversar, que bater papo ou coisa assim...Dialogar é discutir, é entender, tentar compreender e acima de tudo respeitar o outro lado.

Creio que não é muito fácil pôr em prática, principalmente em nossas relações. Naqueles momentos em que devemos parar e tentar resolver as coisas. É difícil colocar as cartas na mesa, é difícil dizer simplesmente a verdade sem medo de ofender, é difícil se abrir, é difícil considerar os argumentos do outro, mas o mais difícil é falar! Talvez por medo de se expor, de mostrar ao outro suas fragilidades, de tirar a máscara, sem disfarces, sem mentiras. E aí adiamos, fingimos que está tudo bem e vamos empurrando com a barriga, acreditando que é melhor não mexer no problema, pra não piorar. Mas aí vamos acumulando mágoas, frustrações, uma coisinha aqui e ali. E de repente, muitas vezes por conta de um simples gesto ou palavra, BOOOM, tudo desmorona. Daí pensamos: Mas virou essa confusão por causa de uma coisinha boba dessas? Não...na verdade é uma 'coisinha boba' adicionada a várias outras. 

Tudo aquilo que praticamos com o tempo chega  a perfeição, o diálogo com certeza deve ser posto em prática no dia-a-dia. Tendo um tom de voz ameno, pois acredito que o que mais conta não é o que você diz e sim como diz.

Qualquer pessoa é capaz de perdoar, capaz de reconsiderar...de dialogar. 

Em busca da qualidade dos relacionamentos...dialoguemos!

Se existe uma coisa na vida da gente que sempre acontece é isso...Quando você diz: EU NUNCA VOU FAZER ISSO!!! Um dia, pode apostar, você vai fazer! Eu conheço pessoas que já pagaram muito a coitada da língua, eu mesma algumas vezes e ainda não aprendi.
Uma vez disse que nunca ia gostar de um menino, esnobava e ainda por cima pra piorar fazia piadinhas, um tempo depois lá estava eu apaixonada pelo dito cujo.
Se existem premissas na vida, essa é uma dela: "Quem desfaz pode até não querer comprar, mas vai acabar levando". E vai ter sempre amigas pra relembrar o tempo em que você dizia que não queria e que nunca ia fazer, hehehehe!! Mas por um lado isso é bom, pois na maioria das vezes nos desfazemos daquilo que nem conhecemos, ou acreditamos não ser o suficiente para nós. Outras vezes simplesmente porque nos julgamos superiores ou mais fortes do que pessoas que cometem aquilo que dizemos JAMAIS cometer.

A vida ensina, só cabe a nós aprender a lição e tentar seguir em frente!! Não quero mais dizer que nunca vou...

Tá aí um assunto que eu gosto de discutir: Liberdade de expressão! Acredito que seja muito importante termos, mas para termos creio que seja necessário conquistar. Pelo que eu tenho percebido, não é em qualquer lugar que podemos expor nossas opiniões, mas o pior de tudo é que o lugar onde eu vejo que há mais repressão é dentro da nossa própria casa!!! E aí eu penso: "Como posso ter liberdade de expressão na sociedade, se dentro da minha casa, junto com a minha família, o meu posicionamento perante algumas questões não é respeitado?". Fica difícil. Aceitar é difícil, mais difícil ainda é dar a cara pra bater...ter um lado, levantar uma causa e ir até o fim.

Ainda acho que o diálogo é sempre a melhor opção, mesmo que não concordemos ou não aceitemos algumas opiniões, o respeito é sempre a melhor saída! 

LIBERDADE DE EXPRESSÃÃÃÃO DENTRO DE CASA JÁÁ!!!

‎"Foi mal" não é desculpa. "Valeu" não é obrigado. "Eu também" não é eu te amo!

Vi essa frase e gostei dela de cara, e por mais que as vezes tenhamos o costume de responder dessa maneira, não acredito ser muito sincero. Principalmente quando dizemos "foi mal" e "eu também".

Acredito que quando magoamos alguém e nos sentimos verdadeiramente arrependidos, buscamos pedir perdão da melhor maneira..."Foi mal" a gente fala quando pisa sem querer no pé de alguém.

Quanto a "valeu", bom depende do que nos foi dado, não vou dizer "valeu" quando recebo um elogio que me deixa mais feliz e confiante e também não vou dizer "valeu" quando alguém é gentil comigo, principalmente se eu não estou merecendo gentileza!

Agora o "eu também" como resposta a um Eu te amo, acredito ser o mais desagradável. É como uma resposta pronta, mecânica e sai totalmente sem sentido e sentimento, tanto pra quem fala quando pra quem ouve. Já fui o tipo de pessoa que respondia assim, mas aprendi uma maneira bem melhor de responder a um Eu te amo. Isso quando o amor é recíproco da minha parte.

Alguém especial diz: Eu te amo!

E eu respondo: Eu te amo.

Parece não ter muita diferença, mas não só o fato de tirar o 'também', soa bem mais sincero e espontâneo. 

Procuremos, se quisermos, fazer como gostariamos que fizessem conosco! É clichê, mas é real.

" Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo."


(Caio Fernando Abreu)

Qual é o tipo de sentimento que temos quando perdemos algo ou alguém que fazia parte do nosso passado, presente e, nesse caso, não poderá mais fazer parte do futuro...?

Eu me senti como uma criança indefesa, sem saber o que fazer, pra onde ir, como agir! Perdi uma parte que a muito tempo já se encontrava entranhada em minha vida, em tudo que sou e no que gostaria de ser.

Por mais clichê que seja, não existem palavras capazes de descrever. O que é acordar no meio da noite e imaginar que aquela parte nunca mais vai voltar... imaginar não, tentar se convencer. Mas como convencer-se de algo que jamais poderia fazer parte da sua história? Algo que nunca estaria na sua biografia...Não porque não fosse possível, mas porque você simplesmente não acredita que nasceu pra viver isso, pra perder assim, pra ter que mudar toda uma história já planejada.

E agora ela não vai mais estar ao seu lado quando você conquistar seu diploma, seu casamento e o primeiro dia de aula do seu filho. Você não vai poder mais compartilhar com ela aquela música bacana que está fazendo sucesso, ou aquele filme lindo que te fez chorar.
O pior não são as coisas realmente significantes e sim as que parecem não ter importância alguma, é aí que a saudade se aloja...
Se hoje eu pudesse falar alguma coisa pra ela, eu diria algo que sempre pensei quando ainda a tinha aqui: "Se Deus me dissesse que eu poderia mudar o passado e escolher outra irmã, ainda assim eu escolheria você. Amo todos os momentos que passamos juntas e me orgulho intensamente por ter sido uma pessoa da qual você também se orgulhou."

E a vida continua...todos os dias. Sem ela!

Let's go...

Achei super divertida a idéia de criar um blog, principalmente pelo fato de poder escrever o que eu quiser, falar mal de quem eu quiser e homenagear quem merece também! Mas poder desabafar ainda é a melhor parte. Não sei se vou ter seguidores, mas eu vou estar aqui me seguindo e claro que vou forçar meus amigos a fazer isso também! Háá (:

Ainda sou bem analfabeta nessas coisas, mas vou ser eu mesma e fazer tudo do meu jeito.

Espero que eu goste do que vou compartilhar e que vocês gostem ainda mais.

Fuii...